
Após os cortes de juros já anunciados pelo Banco Central (BC) no início deste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (30) que a continuidade da queda da Taxa Selic (juros básicos da economia) dependerá do cenário internacional. Haddad destacou que, caso os Bancos Centrais das economias avançadas iniciem reduções nos juros ainda neste semestre, isso abrirá espaço para novas diminuições nas taxas no Brasil durante o segundo semestre.
O ministro compartilhou suas impressões após retornar de uma reunião na Casa Civil, mencionando que embora não pareça ser o cenário mais provável que o ciclo de cortes no exterior comece em março, ele considera realista no primeiro semestre. Ele ressaltou que, se isso ocorrer, será positivo para o Banco Central brasileiro, proporcionando uma perspectiva mais favorável e potencialmente projetando uma taxa de juros final neste ciclo de cortes além das atuais expectativas.
Quanto à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC nesta quarta-feira (31), onde será decidido o futuro da Taxa Selic, Haddad observou que a maioria das instituições financeiras prevê três reduções até maio, após o anúncio anterior do BC de cortes de 0,5 ponto percentual no primeiro semestre.
O ministro também abordou a alta da Dívida Pública Federal, que atingiu R$ 6,52 trilhões no final de 2023, crescendo cerca de R$ 500 bilhões no ano passado. Ele destacou que parte desse aumento se deve a compromissos do governo anterior, como a quitação de precatórios e a assistência financeira aos estados para compensar a redução do imposto estadual sobre os combustíveis.
Haddad ressaltou que o governo não pode ser responsabilizado pelo aumento da dívida resultante do pagamento de precatórios, considerando que o calote já era uma dívida existente. Ele comentou sobre o déficit primário do Governo Central em 2023, o pior desde 2020, e a influência do pagamento de precatórios nesse cenário.
Quanto ao crescimento econômico, Haddad expressou confiança de que o governo encerrará 2024 com um crescimento acima de 2%, superando as projeções. Ele mencionou medidas em andamento, como o Novo Marco de Garantias, para melhorar o ambiente de negócios e estimular o crescimento, destacando seu potencial de impactar positivamente o padrão de crédito no país. O ministro mencionou que os dados preliminares da economia em janeiro são promissores, entrando no ano com otimismo em relação às expectativas para 2024.
Entre em contato conosco agora mesmo e fique tranquilo quanto às suas obrigações junto ao fisco.