
Smart contracts são sistemas de contratos usados para executar transações sem a necessidade de uma empresa, governo ou entidade fazendo uma intermediação.
São contratos digitais programáveis, ou linhas de código de um programa, são executados em computadores, ficando armazenados na rede de forma descentralizada. A diferença de um smart contract de um programa comum é a sua capacidade de execução de maneira autônoma, sem necessidade de intervenção humana.
Os códigos determinam as regras, obrigações e penalidades entre as partes envolvidas em um acordo. Quando as condições combinadas são cumpridas pelas partes, o contrato é executado automaticamente.
Vou te dar um exemplo simples: Uma pessoa manda para um amigo dez unidades de bitcoins, mas exige que o valor não seja enviado até certa data utilizando um smart contract. Quando a condição imposta é alcançada, executa automaticamente uma determinada transação.
Reprodução: NYT/ Shira Inbar
Para que o “contrato inteligente” exista, é necessária uma rede descentralizada que armazene e execute essas operações. Sem essas condições, uma entidade ou grupo que controla os computadores e servidores pode simplesmente alterar o código-fonte.
Nos contratos convencionais, um documento determina os termos de uma relação entre duas partes, que são reforçadas pela lei, caso uma das partes não cumpra com o acordado, a outra parte pode processar essa pessoa por não cumprir com o acordo. No universo cripto, o contrato estaria em blockchain e nenhuma instituição tradicional precisaria validar a operação. O smart contract fortalece esses acordos com códigos e as regras são aplicadas na mesma hora, sem interferência de terceiros.
A grande vantagem da descentralização é eliminar o poder de poucas entidades como governos, bancos ou provedores de serviço. A utilização desta tecnologia pode ocorrer em diversas formas:
- Emissão e controle dos criptoativos ou tokens.
- Cassinos e sites de apostas virtuais.
- Redes sociais que funcionam de maneira independente.
- Marketplaces
- Jogos que podem ou não utilizar tokens não fungíveis (NFT).
- Aplicativos de empréstimos utilizando criptoativos.
- Plataformas de troca entre criptoativos.
Os contratos inteligentes são, entretanto, sujeitos a fraude. A rede Ethereum já presenciou perdas de milhões de dólares pela exploração de vulnerabilidades nos smart contracts. Contudo, essas falhas devem ficar cada vez menos comuns ao longo do tempo e problemas de segurança devem sumir com os avanços tecnológicos.
Reprodução: NYT/ Daniel Zender
Como utilizar um smart contract?
Para interagir com aplicações descentralizadas e utilizar um smart contract é necessária uma carteira capaz de interagir com as redes blockchain que oferecem tais serviços.
- Comprar o criptoativo nativo da rede para pagar as taxas de transação
- Criar uma wallet (carteira) compatível com a rede
- Transferir o token nativo para o endereço desta nova carteira
- Acessar o serviço descentralizado através do site
- Autorizar a integração com sua wallet.
Um dos fatores que demonstra o potencial desses contratos é que esse modo de fazer “negócio” tem animado muitos desenvolvedores, pesquisadores e advogados. Criar comandos que são a acionados de maneira automática sem precisar envolver terceiros que trariam muitos custos, faz com que diversas pessoas acreditem na tecnologia de blackchain com smart contracts.
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